19 de abril de 2024

Oa dois lados da moeda

 

Moro a confortáveis cerca de 400 metros destas maravilhosas vistas. E nada pago para desfrutá-las.


Obtida a partir do rua Paulo Alves, com Praia das Flechas, em 17.04.24

Minto e me corrijo, pago sim, um IPTU alto.

Entretanto para chegar ao calçadão, tenho no caminho este estabelecimento  comercial, que ocupa parte da calçada, contribuindo para atravancá-la e deixá-la suja.

E o pior, vende xepa. Os preços são ilusoriamente mais baixos, isto porque, estando próximo do Pão de Açúcar quaisquer centavos mais baratos atraem consumidores.

O Pão de Açúcar, é verdade, vende tudo mais caro, mas a qualidade dos produtos (frutas, legumes, verduras) é infinitamente superior.

E lá, no citado supermercado, encontramos quase todos os itens de consumo. E podemos contar com a educação e gentileza dos empregados.

Se você indaga, a qualquer um, onde encontrar, por exemplo, açúcar demerara, ele conduz você até a gôndola.

O estabelecimento abaixo, internamente, aparenta um mafuá.


Em 17.04.24, às 8:30


No horário de pouco movimento.

Vocês precisam ver quando estão descarregando mercadoria; transitar no trecho vira um rally para pedestre.

Idosos, cadeirantes e carrinhos de bebê, têm que se aventurar no caos.

Voltando à paisagem, à natureza ... as imagens dispensam  palavras.

17 de abril de 2024

Piadas requentadas

 

São do tempo do "Piadas do Manduca", do "Tancredo e Trancado" e do "Balança Mais Não Cai" (antes de chegar a TV). Do "Papel Carbono" e do "Nada Além de Dois Minutos".

Dos programas de auditório com Manoel Barcellos, César de Alencar e Paulo Gracindo.

Da "rivalidade" entre Marlene e Emilinha Borba.

Os da minha geração hão de lembrar destes programas da grade da Rádio Nacional, então líder de audiência, que levava ar novelas acompanhadas com interesse e muita emoção, como a "O Direito de Nascer". 

Mas e as piadas do título? Ei-las:








16 de abril de 2024

Pênalti bizarro

 Não foi como o do vídeo abaixo, tão inusitado que gerou dúvidas.


Mas foi muito pênalti. O jogador Piton, do Vasco, botou a bola debaixo do braço, como se fosse leva-la para casa porque fez um hat-trick (ou triplete).

Mas pior, muito pior, foi o debate na cabine do V.A.R. O absurdo é terem chegado a conclusão  de que não foi intencional. Ora, intencional ou não, está na esfera subjetiva. Como foi possível entrar na cabeça do jogador para saber se ele queria fazer o que fez?

A teoria do involuntário conflita demais com a imagem.

Está certo, o Vasco já foi vítima, já foi garfado em outras oportunidades, inclusive neste mesmo jogo pois o jogador do Gigante de Colina levou um pontapé na panturrrilha (batata da perna), dentro da área, e após longa e surrealista discussão na cabine do malsinado VAR, o jogo seguiu sem nada marcado.

Um erro não justifica outro, corrigir erro com outro torna o segundo pior.

O lance do Piton me remeteu a uma história (lenda, folclore ou verdade), que ouvi na minha infância. Um zagueiro recebeu propina para cometer um pênalti. O jogo rolava e nada de chance dele cumprir o prometido (negociado). Assim, desesperado, aos 40 minutos do segundo tempo, numa bola alçada sobre sua área de defesa, subiu erguendo os braços, com uma impulsão jamais conseguida  e com as duas mãos segurou a bola.

O árbitro marcou e como não havia V.A.R, foi cobrado e convertido em  gol. Se houvesse V.A.R pode ser que colocassem em dúvida se  houve intenção 😂😂😂.

Lembro do caso e até do jogador que teria sido "comprado", que não irei revelar para não correr o risco de estar sendo leviano.

15 de abril de 2024

Decisão simplificada

 

Na linha da bandeira erguida pelo ministro Barroso, do STF,  eis como deveria ser lavrada a sentença num caso de ação renovatória de locação de imóvel não residencial, ao cabo de 5 anos, quando o locatário não ajuíza a ação dentro do prazo legal.

"Perdeu, mano!!!

Deu ruim pra você, caro autor nesta causa. Camarão que dorme a onda leva. Tu perdeu o prazo da lei e dançou.

Julgo improcedente ou, como gostaria o ministro Barroso, tu perdeu, cara."



JURIDIQUÊS

 

Contra o juridiquês, bandeira do ministro Barroso, do STF, apoiada pelo “Migalhas”, site de conteúdo jurídico.

De minha parte acho perigoso. Corremos o risco de atingir a vulgaridade e/ou as carinhas.

Sou, pelo contrário, a favor de campanha pelo uso da língua culta. As petições são dirigidas aos magistrados, não às partes ou ao público em geral. Nivelar por cima é o que proponho.

Podemos eliminar ou restringir o latinório.

 

DPE - Dicionário de Péssimas Expressões

Na edição de hoje, na busca de dar cabo do "juridiquês", apresentamos mais uma sugestão:

"Quedou-se inerte" - Aposto que você, advogado leitor, já usou um "quedou-se inerte" em uma petição. Sabemos que não vai confessar, mas provavelmente já aconteceu. Fique tranquilo, pois não cometeu crime de lesa-pátria. Para começar, é um pleonasmo, pois "quedar" já implica permanecer, parar ou ficar quieto, e "inerte" reforça essa ideia de imobilidade ou falta de ação. Mas tudo bem, porque pleonasmos são frequentemente utilizados para enfatizar ou esclarecer um conceito. No contexto jurídico, a expressão é comumente usada para descrever a falta de ação ou a omissão de uma das partes envolvidas no processo, como um réu que não apresenta defesa ou uma parte que não cumpre uma obrigação processual dentro do prazo estabelecido. Por exemplo, pode-se mencionar que uma parte "quedou-se inerte" diante de uma decisão que exigia uma resposta ou ação específica, indicando que não houve movimentação ou reação. Em uma conversa informal, ninguém diz que fulano "quedou-se inerte", de modo que o ideal seria substituir a expressão por algo mais coloquial, como "ficou imóvel" ou "não se mexeu".

DPE - Dicionário de Péssimas Expressões

Na edição de hoje, na busca de dar cabo do "juridiquês", apresentamos mais uma sugestão:

"Cônjuge supérstite" - "Cônjuge", como se sabe, refere-se a um dos esposos em relação ao outro. "Supérstite", por sua vez, significa simplesmente sobrevivente. Nesse sentido, "cônjuge supérstite" é o membro do casal que sobrevive. Essa expressão é comumente usada em contextos legais ou formais para se referir a situações nas quais um dos integrantes do casal sobrevive ao outro, especialmente em questões relacionadas a heranças, benefícios de seguros, pensões e direitos patrimoniais. Ela destaca a condição da pessoa que permanece viva após a morte do parceiro. Embora seu uso esteja longe de ser incorreto, caso se busque maior clareza e simplicidade, pode-se optar por "parceiro remanescente" ou "companheiro sobrevivente".

Na edição de hoje, na busca de dar cabo do "juridiquês", apresentamos mais uma sugestão:

"Ad argumentandum tantum" - É uma expressão que significa "apenas para argumentar" ou "para argumentação". Ela é frequentemente usada em contextos legais, acadêmicos ou filosóficos para indicar que uma declaração está sendo feita para construir um argumento ou facilitar uma discussão. Prefira usar apenas "somente para argumentar" ou "para argumentação".

DPE - Dicionário de Péssimas Expressões

Na edição de hoje, na busca de dar cabo do "juridiquês", apresentamos mais uma sugestão:

"Prima facie" - É uma expressão latina que significa "à primeira vista" ou "à primeira impressão". No contexto jurídico, é usada para referir-se a evidências ou situações que, numa análise inicial, parecem suficientemente comprovadas, possivelmente dispensando a necessidade de investigações mais aprofundadas. Essa expressão pode ser substituída por termos como "à primeira vista" ou "aparentemente" em contextos menos formais. No entanto, é recomendável evitar o uso coloquial de expressões como "de cara" em contextos profissionais ou acadêmicos, onde a formalidade e precisão da linguagem são importantes.

https://mail.google.com/mail/u/0/#inbox/FMfcgzGxSlMCQgVWhMlZwmjgpMjxcQjw

https://www.migalhas.com.br/


Na próxima postagem, de brincadeira, sentenciei um caso na linguagem coloquial, simplificada, sem prolixidade, sem rebuscamento ou latinismos.


13 de abril de 2024

Poucas e boas

 Piadas mais velhas do que Matusalém. A propósito, por que cargas d'água não atribuíram a Matusalém os mil anos de vida, arredondando a idade presumida, já que a certidão perdeu-se no tempo?

Na guerra, trincheiras frente a frente.  Na dos alemães um deles grita Manuel! Do lado português dez levantam-se e ouve-se uma rajada de tiros. Uma baixa de dez combatentes lusitanos.

Antônio, atento e se achando esperto, grita Fritz! E já levanta sua arma. A resposta vem de imediato do lado dos tedescos*:  aqui não tem nenhum Fritz.

Sorte de vocês, se tivesse ... bradou Antônio.

                                    -x-

Ô Nuno anda cá e diz-me se és a favor do sexo antes do casamento? Sou, desde que não atrase a cerimônia.

Joaquim inventou um olho mágico tão pequeno que pouco parecia menor do que a cabeça de um alfinete. E para que serve um tão minúsculo? Ó pá, para portas de vidro.

                                    -x-

Para não chegar a Lisboa e ser zoado pelo amigos por ter sido enganado pelos brasileiros, quando aqui veio a dar com os costados, José experimentou, um a um, os fósforos da caixa que comprou no aeroporto.

                                    -x-

Agora a sério. Quem pensa que estou exagerando, vá lá. Mas que eles são literais não tenham a menor dúvida. Estava no ônibus de turismo, na cidade do Porto, e chegarmos na entrada de uma rua estreita que o motorista não conhecia; teve e cautela de perguntar a um velho, sentado no degrau de acesso a sua casa: esta rua tem saída?

Ante a resposta afirmativa entramos. E qual o quê, não só não havia como dela sairmos, como sequer havia espaço para manobra de um ônibus de turismo de dimensões avantajadas.

Resultado, voltamos de ré com todo o cuidado, bem devagar. Quando chegamos ao ponto onde estava sentado o velho, o motorista entre irritado e educado comentou: não disseste que havia saída?

E o velho, sentado como estava, foi lacônico: e não estás a sair?

                                   -x-

Uma coisa que aprendi, além do emprego absolutamente diferente de algumas palavras, e outras tantas inusuais no Brasil**, é que eles não usam o gerúndio. Em pouco tempo assimilamos e estamos a falar como eles.😉


Nota:

* Os italianos estão fora destas histórias, mas gosto da palavra como eles se referem aos alemães.

** Quem acompanha este blog, ou leu Saramago, lembrará de esgargalado.

11 de abril de 2024

Reflexões irrefletidas

 

Vocês conhecem o 6C Bank? É inevitável, para mim, a associação com o Bamerindus.

Temos 3 facções de bandidos operando no Brasil: Comando Vermelho, PCC  e Câmara dos Deputados.

Cuidado com Conselhos de Ética e Corregedorias. São corporativistas. Tutelam malfeitores.

Lula, preocupado com a queda de popularidade, parece querer  governar. Mas não sabe que o imediatista caminha a passos curtos. Aliás, o que ele sabe?

Dipirona tem efeitos colaterais, mas é eficaz contra dores. Lula tem sérios efeitos colaterais, mas é eficaz contra Bolsonaro.

Madrid, com cerca de 3 milhões e duzentos mil habitantes, colocou em dois diferentes e belos estádios de futebol da cidade, em dois dias, 150.000 (cento e cinquenta mil) torcedores: 80.000 do Real Madrid e 70.000 do Atlético de Madrid.

Plaza Mayor

 Futebol é uma enfermidade autoimune. O sujeito pode mudar de emprego, mulher, religião, e continua a vida sem bulling, sem achincalhe. Mas experimenta mudar de clube. Será sacaneado  o resto da vida.

Corre o risco de virar um Kafka futebolístico. Execrado pelo judeus, porque escrevia em alemão, e pouco aceito pelos alemães porque era judeu.

Musk X Xandão.  Desigual. Lembro do Coronel Limoeiro, famoso personagem de  Chico Anysio (qual não era?).

Tem um quadro humorístico dele que é antológico: Um grupo de cangaceiros cerca o coronel para assalta-lo. Ele morre de rir e pergunta: "vão desafiar o poder econômico"? "Quanto querem nos mosquetões?" E compra o armamento dos algozes.

Por isso, no Brasil, com a enorme força do poder econômico, é que temos tanta impunidade.

Já que falei do "EX", que o Musk tem cara de viado (uma boneca), não tenho dúvida. Perdoem os politicamente corretos, mas ele é.

Antigamente o x (xis) era o fim do problema. Agora o "X" é o problema.😉