26 de agosto de 2025

Gotas culturais

Como dizer de forma mais erudita, mais culta, tipo aforismo, que a saúde é o bem mais precioso que temos? Recorrendo ao Padre Antônio Vieira:

"Se o médico der ao enfermo a saúde, e o enfermo ao médico todas as riquezas, menos recebe o médico, que o enfermo."

Nesta linha tem o diálogo entre um dos muitos "Luís", reis da França, e seu bibliotecário.


Luis XIV

É possível que tenha sido o cognominado "Rei Sol", mas pode ter sido o Luís IX, canonizado pelo Papa Bonifácio VIII, portanto agora São Luís.

Vamos aos fatos. Consta que este rei, por motivos que só ele sabia, resolveu aprender um pouco sobre apicultura hindu no século XIII.

Dirigiu-se à imensa biblioteca e perguntou ao veterano bibliotecário se em seu acervo havia alguma coisa sobre aquele tema. 

O funcionário respondeu que não sabia, mas iria verificar prontamente. O monarca, inconformado, obtemperou que pagava a ele algumas dezenas de luíses por ano, e ele não sabia lhe responder?

Ao que o vetusto bibliotecário redarguiu: "os luíses que  vossa alteza me paga, remuneram pelo que sei; o que não sei nem todo a riqueza do vosso reino poderia pagar."

Nos tempos atuais as coisas se alteram com velocidade incrível. Um produto revolucionário lançado hoje, no final do ano está obsoleto.

No mercado de dispositivos móveis ou dispositivos eletrônicos, isto é notório: smartphones, tablets, iPad Pro, etc., antes de utilizarmos todas as funções oferecidas já temos que trocar.

Peter Drucker
Isto me remete a Peter Drucker e um de seus conceitos incontestáveis: "O que está na prancheta já está superado."

Para finalizar, um desafio, um repto. Responda-me onde você viu escrita, registrada, uma das seguintes "famosas" frases a seguir, que comprovem a autoria:

"Seja a mudança que você quer ver no mundo" - Mahatma Gandhi

"Posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo" - Voltaire

"Para que o mal triunfe, basta que os bons não façam nada" - Edmund Burke

"Que comam brioche" - Maria Antonieta

"O Brasil não é um país sério" - Charles De Gaulle

São recorrentes, citadas ad nauseam, mas onde estão documentadas?

25 de agosto de 2025

HERANÇA DIGITAL

Que eu saiba não há legislação de regência sobre eventuais direitos patrimoniais digitais.

O que nada quer dizer, por si só, eis que o universo do que desconheço é aleatório, genérico e infinito.

Mas herança patrimonial é um tema interessante, instigante, nestes tempos, tanto quanto a titularidade de obras literárias produzidas por inteligência artificial.

Vamos ao conceito, para situar os prezados leitores sobre o que estou tratando através "destas mal traçadas linhas".

CONCEITO

Refere-se ao conjunto de bens digitais de uma pessoa, que pode ser transmitido aos herdeiros após sua morte.

BENS DIGITAIS

Bens digitais são ativos intangíveis, não físicos, como criptomoedas, músicas, vídeos, contas em redes sociais, e-mails, e jogos online, que possuem valor econômico ou sentimental para o indivíduo. Estes bens são adquiridos e utilizados em plataformas virtuais e podem ser classificados em duas categorias principais: os bens digitais com valor econômico, como criptomoedas e itens de jogos, e os bens digitais existenciais ou personalíssimos, como fotos e mensagens, que carregam um valor afetivo. A gestão e o destino desses bens, especialmente em caso de falecimento, são temas complexos do direito sucessório digital, que busca estabelecer regras para a sua transferência e uso após a morte do titular.

LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

Como supramencionado logo de início,  a falta de legislação específica no Brasil (falta?) gera controvérsias sobre como esses bens devem ser tratados e transferidos, especialmente aqueles de caráter sentimental, que estão ligados, no Direito, à personalidade do falecido.

BENS NÃO TRANSMISSÍVEIS POR SUCESSÃO

Os dados pessoais integram o corpo virtual ou eletrônico repercutindo uma proteção jurídica própria, assim como as mensagens não comerciais, fotos e vídeos privados. Conquanto não sejam transmissíveis por sucessão, podem ser objeto de disposição testamentária não patrimonial, em especial, quanto a algumas de suas consequências jurídicas. Entende-se que a pessoa do titular é quem cabe decidir, no exercício da sua autodeterminação, quanto ao destino desses bens e interesses após a sua morte, respeitada a esfera jurídica de terceiros.

Em assim sendo,  é importante que tantos quantos temos bens digitais façamos um planejamento sucessório para garantir que nossos bens digitais sejam distribuídos e protegidos de acordo com nossos desejos após o falecimento.

Não tenho bens digitais de valor econômico, senão fotos, relatos de viagens, um website profissional já descontinuado ... e este blog, que para mim têm caráter meramente afetivo, sentimental.

Por isso disporei deste acervo através de manifestação de últimas vontades (Codicilo), em consonância com o disposto no art. 1.181, do Código Civil, que entendo como meio idôneo para tal fim.

CODICILO

Código Civil (Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002)

Art. 1.881. Toda pessoa capaz de testar poderá, mediante escrito particular seu, datado e assinado, fazer disposições especiais sobre o seu enterro, sobre esmolas de pouca monta a certas e determinadas pessoas, ou, indeterminadamente, aos pobres de certo lugar, assim como legar móveis, roupas ou jóias, de pouco valor, de seu uso pessoal.

Inobstante, orientarei meu primogênito, que provavelmente será o inventariante dos parcos bens materiais - fruto de renúncias  parcimônia de gastos -  que deixarei, para que no respeitante aos bens intangíveis prevaleçam minhas disposições.

EVITAR AFORAMETO E DISPUTAS ESTÉREIS

Embora reiterando que não será o meu caso, mas como contribuição a terceiros, reitero que a falta de disposições de quem de direito, o autor/produtor dos bens virtuais, pode levar à judicialização e, no Judiciário o assunto ainda não é pacífico, de entendimento sedimentado, como se pode ver:

"A 3ª turma do STJ começou a analisar um caso inédito: a possibilidade de acesso, no inventário, a bens digitais guardados no computador de falecida. Votou até agora apenas a relatora, ministra Nancy Andrighi, para devolver o processo ao 1º grau, onde deve ser instaurado incidente específico com nomeação de inventariante digital. Esse profissional, segundo a ministra, teria acesso sigiloso ao conteúdo, listaria detalhadamente os bens e caberia exclusivamente ao juiz definir quais são transmissíveis e quais devem ser preservados por envolver direitos da personalidade."


Notas: Buscas efetuadas em:

https://www.migalhas.com.br/quentes/436670/stj-julga-autorizacao-de-acesso-a-heranca-digital-em-inventario

https://editoraforum.com.br/noticias/o-que-sao-bens-digitais-e-as-suas-possibilidades-de-sucessao/


24 de agosto de 2025

JAGUAR - o cartunista

 

Sérgio de Magalhães Gomes Jaguaribe, (Rio de Janeiro, 29 de fevereiro de 1932 – Rio de Janeiro, 24 de agosto de 2025).


Faleceu hoje. RIP.



Soube há pouco e não terei tempo, e tampouco inspiração, para uma homenagem. Não a altura do que ele merecia.

Busquei no blog algo que pudesse reiterar e logo surgiu na tela uma postagem sobre uma viagem de minha sobrinha à França.


Na aludida postagem a Claudinha manifestava muitas opiniões coincidentes com as do Jaguar, explicitadas em crônicas no jornal "O Dia".

"Vejam só a opinião do Jaguar, festejado, mui justamente, cartunista, humorista e cronista, sobre viagem que fez França.

Em primeiro lugar ele achou nojentos os garçons dos bistrôs e restaurantes de Paris. Achou-os – os garçons – arrogantes e metidos a besta. Contou o Jaguar, em crônicas publicadas no jornal O Dia, há já alguns anos, que eles ficavam mortalmente ofendidos se fossem estalados os dedos para chama-los, e, mais ainda, se fossem chamados de garçon. E acrescentou, com seu humor peculiar, que chamar “Ô meu”, então, nem pensar.

Segundo o cronista, se o sujeito (garçon) detestava, ao ser implorada sua atenção, o mais remoto sinal de urgência, você ficava mofando na mesa sem comer nem beber.

Entretanto, a exemplo do que comentou a Claudia, também o humorista achou a cozinha francesa imbatível. “As batatas fritas não deixavam gordura no guardanapo de papel”. A única coisa que eles sabem fazer mesmo é comida, segundo Jaguar.

Eu acrescentaria o vinho. E no que concerne aos contras, deve-se mencionar que até 2005, pelo menos, quando foram banidos os Gauloises e Gitanes, tinha-se que conviver com o forte cheiro destes cigarros nos bistrôs e, também, com o cheiro dos cachorros levados pelos frequentadores, também nos restaurantes, e que ficavam estirados sob as mesas. Os cachorros, não os frequentadores.

As praias do Sena, citadas pela Claudia, foram comparadas pelo Jaguar ao Piscinão de Ramos. Ela – Claudia - pegou leve neste particular.

Não localizei crônica de sua autoria em meus arquivos.  Mas achei parte de uma na qual informa não ter endereço eletrônico e  dificuldades com o virtual.

Ei-la: "Acho que eu deveria constar no ‘Livro Guinness dos Recordes’ como o único jornalista que não tem e-mail. Quem me pergunta passa da indignação (pensa que estou debochando) ao pasmo (ao ver que estou falando sério). Virtualmente, não existo. Ou, na melhor das hipóteses, sou um homem de Neandertal, 32 a.G (antes de Gates, que nasceu em 1955). Vou dar uma de profeta: a velha medida de tempo, a.C.(antes de Cristo) será trocada, mais cedo ou mais tarde, por a.G. Um amigo se ofereceu para criar um blog para mim. Não tenho a menor ideia do que vem a ser um blog."

Além de cartunista era ótimo cronista.

Excelente referência ao magnífico Aparicio Torelly - Barão de Itararé.


23 de agosto de 2025

Tucupi & tacaca

Não gostei do tucupi e, por óbvio, também não do tacaca.

Conheço Belém. Estive lá mais de uma vez. Sempre a trabalho, mas à noite e finais de semana agindo como turista posto que ninguém é de ferro.

Começo pelo futebol local, já que o assunto agrada aqui neste blog. A cidade abriga o que provavelmente é o maior clássico regional do planeta, também conhecido como o Clássico Rei da Amazônia, pois são quase 800 partidas disputadas entre o Clube do Remo e Paysandu Sport Club, ambos sediados na cidade de Belém, capital do Estado do Pará.

Claro, desembarquei no aeroporto Val-de-Cans e, claro, sempre hospedado no Hotel Grão Pará.

 

Val-de-Cans


Como estou relatando fatos ocorridos nos anos 1970, portanto século passado, é provável que algumas alterações, melhorias, tenham ocorrido.

À noite, fui levado à Boate (Cabaré) Carimbó. Não achei, agora, referência na Internet.

Antes tinha ido jantar no Restaurante do Círculo Militar, onde comi, pela primeira e última vez, a tradicional, lá, muçuã. Casquinha e sopa.

O que mais me impressionou, ser urbano, foi a visita ao Parque Emílio Goeldi, contato direto com a natureza selvagem: animal e vegetal.

Desde criança ouvia dizer que no  Brasil não havia onças. Até que fui visitar o citado Parque/Museu. E vejam o que pude ver, ao vivo e a cores, em foto a seguir, enquanto a bichana era viva.





Onça-pintada Guma, moradora do Museu Emílio Goeldi, morre aos 19 anos

Sim, estive no mercado do Ver-o-Peso, como não. Tão badalado quanto o Mercado Modelo, de Salvador.





E seu interior.


Feitas as divagações, chego ao ponto que seria o central desta postagem: COP 30 (30ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas).


Que vergonha para o país, mas sobretudo para os setores hoteleiro e de turismo do Estado do Pará.

O imbróglio do custo das diárias é vergonhoso. Faltou estudo e planejamento do comitê organizador.

Entreouvido não lembro quando e nem onde: "O imediatista caminha a passos curtos."

Notas: 
1. todas estas imagens foram obtidas na rede mundial. Na época não havia celulares e não portava máquina fotográfica, afinal estava trabalhando. 😂😂😂
2. Em Icoaraci, distrito de Belém, a 20 km da capital, comi uma peixada inesquecível.

22 de agosto de 2025

Pobre futebol brasileiro

Esta seleção da 20ª rodada do brasileirão, a seguir,  é um retrato do estado do futebol brasileiro.


Seis dos selecionados jogam num clube que está na zona de rebaixamento.

Até bem pouco, as maiores estrelas dos 4 grandes clubes do Rio eram estrangeiros: Arias, no Fluminense; De Arrascaeta, no Flamengo; Vegetti, no Vasco e Almada, no Botafogo.

O  técnico de nossa seleção é um italiano, com todo respeito, porque sou oriundi, o que é anormal.

Lembram das seleções de 1958 e 1970? Pois é, o Riva  lamenta que perdemos a paixão pela amarelinha.

21 de agosto de 2025

Tem vida inteligente nos USA, embora vivendo no UK

William Felix Browder

William Browder, executivo financeiro britânico que liderou a campanha pela aprovação da lei nos Estados Unidos.


"O uso da Lei Global Magnitsky para impor sanções contra o ministro Alexandre de Moraes é um abuso das intenções da lei e uma deturpação de sua concepção original", avalia William Browder, executivo financeiro britânico que liderou a campanha pela aprovação da lei nos Estados Unidos.

E segue:

"A Lei Magnitsky foi estabelecida para impor sanções a graves violadores dos direitos humanos e pessoas que são culpadas de cleptocracia em larga escala", diz Browder, referindo-se a regimes políticos em que governantes e autoridades usam sua posição para enriquecer de forma ilícita.

"Ela não foi criada para ser usada para vinganças políticas. O uso atual da Lei Magnitsky é puramente político e não aborda as questões de direitos humanos para as quais ela foi originalmente elaborada. E, como tal, é um abuso das intenções da lei", completou o executivo, em entrevista à BBC News Brasil.

Quem é William Browder, um financista e ativista político britânico nascido nos Estados Unidos:

"William Felix Browder nasceu em Princeton, Nova Jersey, (23 de abril de 1964) e cresceu em Chicago, Illinois.  Ele frequentou a Universidade do Colorado, Boulder, antes de se transferir para a Universidade de Chicago, onde se formou em economia. Ele obteve um MBA da Stanford Graduate School of Business[em 1989 .

Após a morte de Magnitsky, Browder fez lobby para que o Congresso dos Estados Unidos aprovasse a Lei Magnitsky, uma lei para punir os violadores de direitos humanos russos, que foi sancionada em 2012 pelo presidente Barack Obama.

Em novembro de 2008, um dos auditores do Hermitage, Sergei Magnitsky, que dá nome a lei,  foi preso.

Magnitsky morreu em 16 de novembro de 2009, na prisão, após onze meses em prisão preventiva, quase o limite permitido pela lei russa.

Em 27 de agosto de 2019, o Tribunal Europeu de Direitos Humanos, ao julgar um caso movido contra a Rússia pela família Magnitsky, decidiu que Magnitsky foi detido em condições que equivaliam a "tratamento desumano e degradante em violação do artigo 3 da Convenção" (§ 193). Isso, combinado com negligência, falta de assistência médica adequada e maus-tratos, também representava uma violação da convenção (§ 240). 

Como resultado da controvérsia relacionada à sua prisão e evidências de maus-tratos e alegados abusos, sua morte suscitou indignação e cobertura internacionais. A morte de Magnitsky foi o catalisador para a aprovação pelo Congresso dos EUA da Lei Magnitsky, sancionada pelo presidente Barack Obama em 14 de dezembro de 2012. A lei visava diretamente os indivíduos envolvidos no caso Magnitsky, proibindo sua entrada nos Estados Unidos e o uso de seu sistema bancário."

Link para a matéria: 

https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/08/01/uso-da-lei-magnitsky-contra-alexandre-de-moraes-e-deturpacao-diz-criador-da-lei-a-bbc.ghtml

As ligações entre o CRVG e o SFC

A recente partida, pelo Campeonato Brasileiro de Futebol de  2025, realizada no domingo, dia 17 de agosto, teve um resultado surpreendente: 6 a 0 para o Gigante da Colina.

Maior placar entre partidas disputadas pelos 2 tradicionais clubes, e maior goleada sofrida pelo Peixe em campeonatos em toda a sua história.

Claro que teve repercussão até mesmo no exterior. Afinal o Santos foi o clube do imortal Pelé,  "Atleta do Século", por votação promovida pelo jornal francês L'Équipe em 1980. E em 1999, a revista oficial do Comitê Olímpico Internacional (COI) também o elegeu o "Atleta do Século", consolidando ainda mais seu legado.

Dito (escrito isto), podemos passar as ligações mencionadas no título. E começo em alto estilo, focando em Pelé.

Ele se criou e se consagrou no Santos FC. Mas seu coração pertencia ao CR Vasco da Gama, desde a infância em Três Corações - MG.

E jogou com a camisa do Vasco ... e fez gol com a camisa do Vasco.





Outra ligação entre os dois clubes, é sem dúvida a partida inaugural do Estádio de São Januário, ocorrida em 21 de abril de 1927. Os santistas foram os convidados e não foram piedosos com os anfitriões: 5x3.

"A inauguração do estádio São Januário, veio como uma resposta ao racismo existente na época, pois clubes elitistas do Rio de Janeiro exigiram que o Vasco tivesse um estádio próprio, como uma forma de excluir o time do Campeonato Carioca. O motivo? O Vasco possuía negros e gente humilde em seu time e em sua torcida. Então, como uma forma de resistência e com ajuda de apenas seus torcedores e sócios, os vascaínos ergueram o suntuoso estádio e convidaram o Santos para a partida inaugural."

Lembram onde Pelé o gênio, marcou o seu tão esperado  milésimo gol? Claro que contra o Vasco, em São  Januário.

Além, destas coincidências outras ligações entre os dois clubes situam-se nos terrenos sociológicos e culturais. Vejamos:

O Vasco da Gama tem uma longa história de combate ao preconceito, especialmente o racismo, e se posiciona ativamente contra a homofobia e a transfobia na atualidade. O clube é reconhecido por sua luta contra o racismo desde o início do século XX, com a famosa "Resposta Histórica" em 1924 sendo um marco. Essa resposta foi uma carta em que o Vasco se recusou a excluir jogadores negros e pobres de seu elenco, reafirmando seu compromisso com a inclusão e a igualdade.

O Santos Futebol Clube tem um histórico de combate à discriminação, especialmente ao racismo, com diversas iniciativas e campanhas ao longo dos anos. O clube, inclusive, lançou uma minissérie chamada "#TimeDeBrancoEDePreto" para homenagear sua história e os heróis negros. Além disso, o Santos se uniu ao Observatório da Discriminação Racial no Futebol para intensificar a luta contra o racismo e outros tipos de preconceito.

Ambos são, basicamente, alvinegros. O Santos teve uma equipe que levava aos estádios torcedores de outras agremiações pelo simples prazer de vê-los jogar.

Dorval, Mengalvio, Coutinho, Pelé e Pepe

E o Vasco teve um esquadrão - Expresso da Vitória - campeão carioca invicto em 1947, que tomou conta de meu coração.

Eis a campanha:

1947 Campeonato Carioca (FMF)

TIME-BASE

• Barbosa, Augusto e Rafanelli (Wilson); Eli, Danilo e Jorge; Djalma (Nestor), Maneca, Dimas (Friaça), Lelé (Ismael) e Chico.

• Técnico: Flávio Costa

TURNO

DATA ADVERSÁRIO PLACAR GOLS-VASCO

03.08.1947 América 4-2 Dimas(3), Friaça

10.08.1947 Bangu 4-1 Lelé(2), Maneca, Dimas

17.08.1947 Bonsucesso 4-1 Dimas(2), Maneca(2)

24.08.1947 Olaria 3-3 Chico(2), Lelé

31.08.1947 São Cristóvão 5-1 Maneca(3), Lelé(2)

06.09.1947 Canto do Rio 14-1 Ismael(5), Maneca(4), Dimas(3), Nestor, Chico

14.09.1947 Flamengo 2-1 Dimas, Maneca

21.09.1947 Botafogo 2-0 Dimas(2)

05.10.1947 Fluminense 5-3 Dimas(3), Chico(2)

12.10.1947 Madureira 2-1 Djalma, Rafanelli

RETURNO

DATA ADVERSÁRIO PLACAR GOLS-VASCO

19.10.1947 América 1-0 Djalma

26.10.1947 Bangu 4-0 Lelé, Djalma, Friaça, Maneca

01.11.1947 Bonsucesso 3-0 Lelé, Dimas, Friaça

09.11.1947 Olaria 2-0 Friaça, Ismael

16.11.1947 São Cristóvão 3-1 Ismael(2), Dimas

23.11.1947 Canto do Rio 2-1 Dimas, Djalma

30.11.1947 Flamengo 5-2 Friaça(2), Maneca(2), Lelé

07.12.1947 * Botafogo 0-0

21.12.1947 Fluminense 1-1 Lelé

28.12.1947 Madureira 2-1 Lelé, Friaça

(*) Vasco campeão com duas rodadas de antecedência.

RESUMO

• Colocação: Campeão invicto

• Campanha: 17 V, 3 E, 0 D; 68 GP, 20 GC

• Artilheiro: Dimas, 18



A guisa de pilhéria, chiste, blague, podemos dizer que o maior jogador de todos os tempos que vestiu a camisa gloriosa do Vasco foi Pelé?

Ou teria sido Ademir Menezes, Roberto Dinamite, Vavá, Dimas, Jair Rosa Pinto, Romário, Heleno de Freitas, Friaça, Ipojucam, Chico, Danilo, Walter Marciano de Queiroz, Sabará, Chico ...

E dupla de zagueiros: Augusto e Rafanelli, Bellini e Orlando, Brito e Fontana... doces  lembranças.

Final da década de 1940


Referências:

https://vasco.com.br/conteudo/1927-construcao-de-sao-januario/

https://www.netvasco.com.br/n/178062/estreia-oficial-do-vasco-no-futebol-completa-100-anos

https://www.netvasco.com.br/mauroprais/vasco/1947rj.html

https://www.netvasco.com.br/mauroprais/vasco/1947rj.html

https://ge.globo.com/futebol/times/vasco/noticia/2022/12/29/time-do-coracao-origem-do-apelido-e-gol-1000-a-relacao-de-pele-com-o-vasco.ghtml